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“CORPO E CONSUMO: A MÍDIA E A INDÚSTRIA DA BELEZA”



Sabemos que a existência corporal está imbuída no contexto social e cultural, o canal pelo qual as relações sociais são elaboradas e vivenciadas e que a sociologia está perante um campo com inúmeras possibilidades de investigação das representações edos imaginários, no âmbito individual e coletivo, que os atores constroem acerca docorpo. Este corpo é moldado pelo contexto social e cultural e a relação do mundo é construída a través das expressões dos sentimentos, produção de aparência, exercícios físicos, relação com a dor, sofrimentos e outros. Do corpo nascem e se propagam assignificações que fundamentam a existência individual e coletiva; ele é o eixo da relação com o mundo, o lugar e o tempo nos quais a existência toma forma a través da fisionomia singular de um ator. (Le Breton, 2007). Diante disso, destacamos o século XX por ter sido marcado pelos cuidados relativos ao corpo e também pelos avanços tecnológicos e científicos introjetados na sociedade, tais avanços estão ligados à manipulação e a transformação corporal. Além disso, essas transformações corporais estão cada vez mais próximas de nós e nos são impostas pela mídia e pela indústria da beleza: a idéia do modelo de corpo ideal. Este corpo, magro,sarado, siliconado, com muitas plásticas, é considerado o corpo da moda.


O que pretendemos neste trabalho é entender como e até que ponto o corpo passou a ser submetido ao poder do consumo. Para isso, passaremos pela questão do poder tratada por MICHEL Foucault (1987) cruzando-a com as discussões de Adorno e Horkheimer (1985) acerca da Indústria Cultural que tanto é discutida nas universidades. Inicialmente é necessário compreendermos que Foucault trata do corpo não como só recebedor do sentido do discurso, mas também é constituído por ele, circulando um valorde verdade pelo lugar social da queles que o enunciam. No livro “Vigiar e punir” a idéia dos corpos dóceis é tratada como sendo dócil um corpo que pode ser submetido, que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado (Foucault,1987). O corpo é vistocomo objeto e a todo tempo sofre limitações, obrigações e até mesmo proibições.A idéia do corpo submetido ao poder do consumo pode ser mais bem apresentada se fizermos uma relação com a Indústria Cultural, pois hoje existe um padrão de corpo, moda, estilo e outros.


Na obra, “Dialética do esclarecimento”, de Adorno e Horkheimer(1985) a Indústria Cultural é tratada de maneira enriquecedora e seu esclarecimento évisto como uma mistificação das massas. Para estes autores, essa indústria é o maisinflexível de todos os estilos, revela-se como a meta do liberalismo, ao qual se censura afalta de estilo. Não somente suas categorias e conteúdos são provenientes da esferaliberal, tanto do naturalismo domesticado quanto da opereta e da revista: as modernascompanhias culturais são o lugar econômico onde ainda sobrevive, juntamente com oscorrespondentes tipos de empresários, uma parte da esfera de circulação já em processode desagregação. (Adorno e Horkheimer, 1985).


Quem resiste só pode sobreviver integrando-se. Se pararmos de frente a TV será visível perceber os padrões de beleza. Além das mulheres com seus corpos turbinados, os homens cada vez mais valorizam seus corpos apartir de um padrão. São homens musculosos, com seus abdomens definidos e utilizandoa maioria dos cosméticos utilizados pelas mulheres. Algo que em algum tempo atrás nos deixaria surpresos, é que até as crianças estão sendo devoradas pelo poder da mídia eda indústria da beleza pelo desejo do corpo ideal.



Cuerpo y consumo
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