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Cuerpos en Concierto: diferencias, desigualdades y disconformidades



INTRODUCCIÓN


O tema do corpo está inextricavelmente ligado à história do pensamento ocidental. E, no entanto, essa ligação opera-se como algo que permanece impensado, algo sempre pressuposto e nunca trazido resolutamente à luz como questão prioritária. Assim como ocorrecom o animal - que na históriada metafísica é sempre o impensável a partir do qual uma essência humana se destaca, ganha sentido e contorno -, o corpo surge no ocidente como metáfora da organização política, estética, de coerência interna de um sistema de argumentação etc., porém ele nunca é explicitamente visado. Ao falar da especificidade do ser humano como ser da fala, como ser político que decide entre o justoe o injusto, por exemplo,Aristóteles o diferenciará do animal, da condição eminentemente corpórea deste.Neste conhecido momentoda Política, uma imagemfundamental da ordem política lhe ocorre: “Ademais, a cidade é, por natureza, anteriorà família e a cada um de nós tomados individualmente. É, com efeito, necessário que o todo seja anterior à parte; pois, uma vez destruído o corpo inteiro não haveria mão nem pé, a não ser por homonimia” (ARISTÓTELES, 1253a-1253b). Algo curioso acontece no recurso a esse tipo de tropo, todavia. Ora, o emprego da metáfora resulta em um deslocamento do sentido daquilo que, em princípio, deveria elucidar, prometendo acesso a um significado que, afinal, permanece suspenso, uma promessa.


Os exemplos do corpo como metáfora da ordem poderiam se multiplicar. A cultura que corresponde ao ocaso da Idade Média, para a qual ainda há um lugar próprio para cada coisa e criatura, concebe o mundo também a partir dessa imagem. “A terra é como um corpo cuja parte mais nobre é o rosto. [...] É evidente que só podemos habitar a parte superiordo universo, ‘a dianteira da terra’, ou seja, a parte que está voltadapara a ‘dianteira do céu’. [...] O hemisfério de baixo estaria, de algum modo,‘estragado’, corrompido, pois foi nele que Satã se enfiou como ponto finalda queda” (KAPPLER,1994, p. 32). Ai de nós, criaturasdo sul!




Cuerpos en Concierto. Desigualdades
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